Raphael Escobar

Raphael Escobar_foto_Ana Beatriz Elorza
Foto: Ana Beatriz Elorza

MINIBIO

Formado em Artes Visuais e pós-graduando em Estudos Brasileiros: sociedade, educação e cultura. Desde 2008 atua com educação não formal em contextos de vulnerabilidade social ou de disputas políticas, como Fundação CASA e Cracolândia. Ajudou a fundar diversos coletivos e movimentos sociais na região da Cracolândia. Sua pesquisa é pautada pelas relações de classe, pretendendo dissolver uma lógica moral da sociedade em relação aos moradores de rua, usuários de drogas e grupos periféricos.

Sobre os processos criativos - Mapa Rizomático

→ Linguagens artísticas / Forma e conteúdo / Materialidade
Artista visual, Raphael realiza intervenções urbanas, instalações e cria objetos. Sua pesquisa é pautada pelas relações de classe, pretendendo dissolver uma lógica moral da sociedade em relação aos moradores de rua, usuários de drogas e grupos periféricos.

→ Conexões transdisciplinares
A educação não formal e o envolvimento com movimentos sociais são, mais do que interdisciplinares, atuações intrínsecas à produção artística de Raphael. No campo das artes, trabalha dentro da linguagem visual, realizando também ações performáticas.

→ Processos de criação
Sua atuação com educação não formal em contextos de vulnerabilidade social, como Fundação CASA, albergues e Cracolândia onde ajudou a fundar diversos coletivos e movimentos sociais, serve como pesquisa e muitas vezes ativação do trabalho artístico que desenvolve. Deste modo, também usa as instituições e seu trabalho como ferramentas de fomento e educação, mediando os espaços de dentro e fora do circuito artístico.

→ Saberes estéticos e culturais

Seus trabalhos em contextos de vulnerabilidade social lhe deram, segundo o próprio artista, consciência de classe, e entendimento sobre a contra-narrativa, necessária para se fortalecer dentro das disputas políticas.

“Theaster Gates, Mônica Nador (JAMAC) e Rubens Mano trouxeram pra mim o entendimento da arte como uma ferramenta para discussões e experiências para o lado de fora do museu; Zeca Pagodinho e Racionais MC’s, a potência da coletivização, Planet Hemp e Peter Tosh, o discurso antiproibicionista sobre as drogas como aspecto político de classe e raça, e para finalizar, Hélio Oiticica e Cildo Meireles, porque pra mim é impossível não citá-los.” (CasaMuseuConversas Entrevista com Raphael Escobar)

→ Por que este artista foi escolhido para estar na categoria “novos artistas”?
A elaboração da lista teve em vista uma diversidade geográfica entre os artistas e uma atuação que propusesse novos modos de produzir e pensar a arte. Raphael Escobar traça uma trajetória “fora da curva”. Vindo do grafite, se graduou em artes visuais através de programa federal de financiamento de curso e construiu um percurso peculiar entre as artes e a educação não formal e projetos sociais. Seus trabalhos incorporam de maneira irônica e provocativa os conflitos da sociedade em relação aos moradores de rua e usuários de drogas, propondo e evidenciando formas de resistir em meio a processos de apagamento, supressão de liberdade e controle.

Referências

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