MINIBIO
O jovem que ouve rap desde os 12 anos, aos 14 começou a compor suas primeiras rimas. Mais conhecido como Victor Xamã, já no início da carreira ele encontrou no rap a ferramenta adequada para dar sua visão de mundo, inserindo referências regionais e influências de R&B, MPB, soul, blues e trip hop. A obra do rapper é repleta de referências à cultura e realidade manauara e pela exaltação da Região Norte do país. Sua recente mudança de Estado aposta em uma linguagem mais universal, sem deixar de lado as vivências e influência de sua terra.
Sobre os processos criativos
→ Linguagens artísticas
Utilizando o rap como ferramenta para expressão de sua visão de mundo, o artista insere referências regionais do Amazonas e influências de R&B, MPB, soul, blues e trip hop. Elementos que baseiam um discurso sobre questões pessoais e a realidade social das periferias e da população manauara.
→ Conexões transdisciplinares
O artista trafega pela cultura urbana periférica, trazendo elementos desse universo em sua obra. O Rap é o elemento base, absorvendo outras influências em sua produção, mas sem utilizar outras linguagens específicas.
→ Processos de criação
O artista utiliza o rap como ferramenta para retratar o universo à sua volta. A desigualdade social, a violência e a dureza da vida são elementos de seu convívio e servem como temas recorrentes em sua obra. O artista traz referências à cultura e à realidade manauara e, também, exalta a Região Norte do país. Ao mudar-se para São Paulo, abriu ainda mais essas referências, utilizando uma linguagem com temáticas mais universais, sem deixar de lado as vivências e influência de sua terra.
→ Saberes estéticos e culturais
Sua música é calcada nos modos mais clássicos do rap, baseada em beats e rimas. Um diálogo com as ruas, com a vivência das periferias, das linguagens populares urbanas e contemporâneas. Também assimila as referências de sua região de origem, trazendo elementos da cultura amazônica.
→ Por que este artista foi escolhido para estar na categoria “novos artistas”?
Originário de uma região marcada por estereótipos, o artista mostra que o Amazonas também pode ser cosmopolita e urbano, utilizando linguagens pop universais. Xamã faz rap para se expressar, com uma musicalidade popular, contemporânea e com discursos atuais, que trata das realidades de sua terra e geração, incluindo a periferia violenta e desigual de Manaus. Um jovem com um trabalho maduro, sólido e que mostra uma Amazônia pouco conhecida.