Rubiane Maia

Rubiane Maia_foto_Manuel Vason
Foto: Manuel Vason

MINIBIO

Formou-se em Artes Visuais e é mestre em Psicologia Institucional pela UFES. Seu trabalho é um híbrido entre a performance, o vídeo, a instalação e o texto. Ocasionalmente, flerta com o desenho e a colagem. Sua prática engloba múltiplas relações entre o visível e o invisível, de maneira a investigar o conceito de memória, bem como seus desdobramentos e tensões com a linguagem; fenômenos de incorporação e transe. A artista faz uso de narrativas pessoais como um dispositivo de ação e resiliência para ampliar e ativar as possibilidades de percepção.

Sobre os processos criativos

→ Linguagens artísticas
Arte da performance, audiovisual, fotografia, instalação, desenho, intervenção, literatura e colagem.

→ Forma e conteúdo
Apropriação de objetos contextuais, poética pessoal, aspectos emocionais/subjetivos, experimentação, ação performática, estados de consciência, memória, identidade e variação temporal.

→ Materialidade
O corpo e suas conexões com materialidades que obedecem a uma série de caracteres idiossincráticos, assim como o contexto em que estarão implicados.

→ Conexões transdisciplinares
Trata-se de uma artista com formação localizada no campo das artes visuais e da psicologia. Para além disso, sua poética se caracteriza pela transdisciplinaridade em razão do entrecruzamento entre as seguintes linguagens: audiovisual, fotografia, instalação, desenho, intervenção urbana, literatura e colagem.

→ Processo de criação
Apontarei um excerto do statement* da artista “Me interessa o Tempo Subjetivo que é constituído pela relação íntima e contínua entre a consciência que temos de nós mesmos e do mundo. O tempo que não se aplica ao que observamos no relógio. Me interessa, ainda, a fusão entre memória e identidade, que na sua liquidez e multiplicidade de faces recusa os compartimentos, a transparência e a linearidade.”

→ Saberes estéticos e culturais
A extensa obra de Rubiane Maia conversa de modo frontal com a subjetividade e faz uso de uma série de abordagens que permite flexionar os fenômenos presentes nas oscilações que habitam o tempo e o espaço. A artista consegue instaurar um conjunto de intervalos para que a percepção sensível se aproxime da intuição, ainda que em circunstâncias ordinárias.

→ Por que esta artista foi escolhida para estar na categoria “novos artistas”?

Porque é tempo de falar de artistas, cuja autonomia de existência contraria aquilo que conhecemos como “cadeia produtiva”, por distribuírem o que fazem com base em uma conjunção de ações atravessadas por outros campos do saber e circuitos independentes. Rubiane Maia, por exemplo, já foi professora de escola pública e seu lastro extrapola a dicotomia “ensino/aprendizado” para ir ao encontro da partilha daquilo que é sensível, latente e que pulsa para além de toda a objetividade cartesiana.

*statement: declaração, instrução

Referências

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